sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MOLHO DE PIMENTA

Molho de Pimenta Cumari-do-Pará
500g de pimenta Cumari-do-Pará 
1 copo de cachaça 
1 copo de vinagre 
1 colher (chá) de açúcar 
1 colher (sobremesa) de sal 
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Molho de Pimenta Dedo de Moça
250g de pimenta dedo de moça com sementes
200g de tomate picado
1 cebola grande
1 colher (chá) de açúcar 
1 colher (sobremesa) de sal 
3 dentes de alho 
3 folhas de louro 
½ copo de vinagre de álcool 
½ copo de cachaça 

Para duas as receitas, o modo de preparo é o mesmo.
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Peneire e leve ao fogo por 15 minutos. Deixe esfriar, passe novamente por uma peneira, porém mais fina, e coloque em um vidro. Não precisa deixar na geladeira.
A validade é de 1 ano.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PANETONE.

O Panetone é um dos maiores símbolos do Natal, trata-se de um doce de origem italiana, com frutas secas e um leve sabor de baunilha. 

Conta a lenta, que no século XV em Milão, um jovem apaixona-se perdidamente pela filha de um padeiro. Porém, como  o pai não aceitava o namoro, o jovem disfarçou-se de ajudante do padeiro e criou um pão doce, com frutas saborosas e em formato de cúpula de igreja. Nascia o "pão de Toni", o Panetone.
Assim começou a vender os tais pães, dizendo que era obra do padeiro Toni, pai da moça. Dezenas de clientes surgiram na padaria, pedindo pelo tal “pão de Toni”. Com o tempo, o nome sofreu algumas modificações, assim como sua formulação. 
O Panetone era submetido a um processo de fermentação natural, fator responsável por deixar o doce com uma consistência bastante macia. Existem algumas variações da receita original do Panetone, como o Chocotone, o Sorvetone e a Colomba Pascal.
E todos foram felizes para sempre, inclusive a gente.
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PANETONE/CHOCOTONE

350g Farinha de trigo
220g de Leite
28g de Manteiga
70g de Açúcar
50g de Ovos
21g de Fermento biológico fresco
3g de Sal
1 colher ( chá) de essência de panetone
1 colher ( chá) de raspas de cascas de laranja

Para o recheio
100g de Chocolate em gotas
100g de frutas cristalizadas
50 gramas de uvas-passas sem caroços

1 -Num recipiente, misture os secos: a farinha de trigo e o açúcar. Coloque metade do leite, até ficar uma farofa.
2 -Acrescente o sal e a manteiga. Coloque o restante do leite com a essência e as raspas de laranja. Esfarele o fermento em cima da massa e acrescente os ovos. Sove a massa até ela ficar compacta. Com o auxílio de uma espátula; vá sovando a massa até que fique lisa e homogênea.
3 -Divida a massa em duas partes. Misture com o chocolate picado ou frutas cristalizadas com as uvas-passas. 
Deixe a massa descansar separadamente por 20 minutos.
4 -Coloque a massa em uma fôrma para panetone. 
Deixe fermentar até dobrar de volume por mais ou menos 1 hora .
Asse no forno a 180°C.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO?

 "O princípio ativo da pimenta é chamado capsaicina, que diminue a crase sanguínea e melhora a circulação. A pimenta previne coágulos e os países que utilizam estes condimentos em suas dietas ten um índice muito diminuído de derrames e enfartos. Além disso, é utilizado para prevenir bronquite, colesterol, tromboses, amigdalites, gripe e um potente expectorante. 
(Alimentos Funcionais na Nutrologia Médica, Dr. Edson Credidio)



Conserva de pimenta em cachaça e vinagre

½ xícara de vinagre de vinho branco
½ xícara de cachaça
½ colher (sopa) de açúcar
½ colher (chá) de sal
Opcional: 1 colher (chá) de grãos de coentro e/ou de mostarda, umas lâminas de alho, folhas de louro, 1 ou 2 cravos
Algum ramo de erva aromática, se quiser - manjericão, tomilho, orégano, alecrim, salvia
Pimentas frescas a gosto - de 1 a 2 xícaras dependendo da densidade da pimenta (malaguetas, dedo-de-moça, cumari, murupi, doce do maranhão, fidalga, biquinho doce, biquinho ardida etc)*
Modo de fazer: leve ao fogo o vinagre, a cachaça, o açúcar, o sal e o temperos. Deixe ferver 1 minuto. Junte as pimentas lavadas e ferva mais um minuto. Se for usar ervas, apenas lave bem e coloque no líquido quente quando já desligou o fogo e tire rapidamente. Separe as pimentas do líquido e ajeite-as, asssim como a erva aferventada, com pinça em vidros previamente aferventados por 5 minutos e ainda quentes (pinça também aferventada). Despeje o líquido ainda quente sobre as pimentas. Feche os vidros e deixe esfriar. De preferência, consuma depois de uma semana. Mas, se quiser, no mesmo dia. Quanto mais tempo passar, melhor. Conserve na geladeira (deve durar uns 3 meses ou mais). Se as pimentas forem absorvendo o líquido vá completando com mais infusão de temperos ou, se quiser, cubra com azeite.
Para durar por muito mais tempo, lave bem as pimentas e coloque em vidro de conserva. Despeje por cima a mistura de cachaça mesmo sem ferver e feche bem o vidro. Leve ao fogo uma panela grande com bastante água. Coloque no fundo um pano dobrado. Quando a água estiver fervendo, ponha os vidros fechados aí – coloque e tire rapidamente várias vezes até o vidro aquecer um pouco, para não ter choque térmico e rachar. A água deve cobrir o vidro. Se for preciso, despeje mais água quente sobre eles. Para isto devem estar vem tampados. Deixe ferver por 15 minutos. Retire os vidros, coloque-os sobre um pano dobrado (para não ter choque com a superfície fria), deixe esfriar e conserve por até 1 ano. Depois de aberto, conserve na geladeira.
Rende: cerca de 2 vidros de 200 g
- A dedo-de-moça, divida em 2 ou 3 pedaços em cortes transversais ou corte em rodelas.
- A cumari-do-pará e todas as de cheiro casam bem com esta solução de cachaça.
- Não deixe de fazer um corte ao lado ou quando cortar os cabinhos, para que a solução entre no meio delas. Se não, o interior, com ar, pode embolorar ou ser criatório de outros microorganismos.
- Se usar a arriba-saia, prefira tirar as sementes para não ficar tão ardida e impossível de comer (só não esqueça de usar luvas para isso). Ela vai bem também na conserva só com vinagre.
Só com vinagre
Igual à conserva de cachaça e vinagre, porém, substitua a cachaça pela mesma quantidade de vinagre. O resto é igual. Casa bem com qualquer pimenta.

Para conserva de azeite – bom para pimenta malagueta, cumari ou outras pequenas. Lave bem as pimentas, tire os cabinhos, espalhe-as sobre uma assadeira e leve ao forno bem quente para secar. Pode ser sobre carvão, para que fiquem com sabor defumado. Neste caso tem que ser vapt vupt. Quando estiverem meio murchas, arrume-as ainda quentes num vidro (lavado e seco no forno quente, emborcado). Despeje por cima azeite de oliva, alternando com grãos de sal grosso ou flor de sal (como o meio é gordura e não líquido, o sal não se dissolve e enfeita). O topo delas deve estar coberto com azeite. Quando as pimentas absorverem o azeite, coloque mais. Feche e conserve de preferência na geladeira.

( do blog Come-se)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

VAI UM CAFEZINHO ?

Puro, com leite, com canela, com chantilly, com chocolate e tantas outras combinações, o café é a bebida mais popular do país. Quem gosta, não abre mão dele nem nos dias mais quentes.
Uma das lendas mais aceitas e divulgadas sobre a descoberta desta planta maravilhosa, é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos. Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes, e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio.

O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação e, somente com a ajuda delas, o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.

Kaldi comentou sobre o comportamento dos animais a um monge da região, que decidiu experimentar o poder dos frutos. O monge apanhou um pouco das frutinhas e levou consigo até o monastério.
Ele começou a utilizá-los na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava, ou em suas longas horas de leitura do breviário.
Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.

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PETIT GATEAU DE CAFÉ

. 250g de chocolate meio amargo em pedaços.
. 1 xícara pequena de café forte e frio.
. 1 1/4 xícaras de chá de manteiga.
. 5 gemas.
. 5 ovos.
. 3/4 xícaras de chá de farinha de trigo.
. sorvete de creme para acompanhar.
Unte com manteiga e farinha de trigo, 12 forminhas com 7cm de diâmetro e reserve.
Pré-aqueça o forno a uma temperatura de 270ºC.
Numa tigela refratária apoiada sobre sobre uma panela com água bem quente, sem deixar ferver, derreta o chocolate e a manteiga, mexendo delicadamente.
Adicione o café e misture novamente.
Numa outra tigela, misture as gemas com os ovos e o açúcar. Junte o chocolate derretido com o café e a farinha aos poucos, mexendo bem.
Disribua a massa nas forminhas.
Leve para a geladeira por 4 horas .
Depois de gelados, asse por 7 minutos em forno quente.
Retire do forno e desenforme.
Sirva quente acompanhado de sorvete de creme.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

UMA RECEITA DE FAMÍLIA.

Mais que ensinar a fazer pratos, os cadernos de culinária contam um pouco da história de cada um, afinal trocar receitas também é um ato de contar histórias.
Ao contrário do que se pensa, os primeiros livros de receitas não surgiram em decorrência dos cadernos. Os livros vieram antes. O primeiro de que se tem notícia chama-se "Auspicius Culinaris".
Surgiu ainda na Idade Média e compreendia um conjunto de receitas reunidas por Auspicius, um festeiro e gourmet dos arredores de Roma, na Itália.
Mas o livro de receitas tal qual o conhecemos, com ingredientes, quantidades, modos de fazer e ilustrações, foi uma invenção de chefes de cozinha das cortes reais européias, cuja preocupação era conservar as normas de fazer dos manjares, para que futuros chefes de cozinha seguissem o ritmo impecável dos sabores consagrados pelas cortes.
No Brasil, os primeiros livros de receitas vieram parar aqui com a chegada da família real, em 1808, que trouxeram ainda utensílios e alguns ingredientes de cozinha. Aos poucos, a cultura européia da cozinha foi sendo adaptada às condições tropicais da nossa terra. Com o passar do tempo, os portugueses começaram a ensaiar combinações corajosas na culinária e foram adaptando ao seu sabor, ingredientes brasileiros. Na falta de trigo, tentaram usar a mandioca; no lugar da castanha portuguesa, incluíram a castanha de caju.
Apenas a partir do fim do século XIX, surgem no Brasil os primeiros cadernos de receitas propriamente ditos. Foi quando as mulheres passaram a ser alfabetizadas. As receitas, antes uma tradição oral, começaram então a ser anotadas. Tudo obra de avós ou mães que, ao arrumar o enxoval das filhas ou netas prestes a sair de casa, incluíam como item essencial um caderno repleto de receitas. Eles representam um legado daquilo que foi apreendido pelo gosto da família. A tal ponto de surgirem iguarias com nomes de famílias, algumas tão antigas quanto os clãs que lhes deram origem.
Algumas famílias guardavam a sete chaves a receita de pratos tradicionais, que às vezes levavam o sobrenome de quem os criou. É o caso do "bolo Souza Leão", por exemplo, cuja fórmula foi guardada em segredo pela família homônima, de Pernambuco, por muito tempo. Sua receita - basicamente mandioca, ovos e muito açúcar - soa como um eco do passado, dos tempos em que, nas casas grandes dos engenhos de cana no Nordeste, sinhazinhas e mucamas iam preparar o doce colocando na mesma panela receitas portuguesas misturadas aos produtos da terra, como o coco e a mandioca.
Em seu livro "Nordeste", o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre diz que essa e outras receitas demoraram a ser popularizadas. "Não só pela sua natureza complexa como pelo ciúme de sinhás donas ilustres que conservam as receitas dos velhos bolos como jóias de família", escreveu Freyre.
Com o passar dos anos, e em conseqüência do troca-troca de receitas entre famílias e amigas, elas ganharam as páginas dos jornais e revistas e viraram inclusive livros. O segredo do "Souza Leão" passou a ser, definitivamente, conhecido pelo Brasil inteiro no clássico "Açúcar - Uma Sociologia do Doce", escrito por Freyre e publicado pela primeira vez em 1939.
O popular livro de receitas brasileiro "Dona Benta", foi publicado pela primeira vez em 1940 e chegou, ano passado, a sua 76ª edição. Trata-se de uma das publicações de cozinha mais vendidas no Brasil, com cerca de mil receitas atualizadas e coletadas junto às famílias tradicionais brasileiras.
Sim, cadernos de receitas representam a memória culinária de nossas famílias, seus traços afetivos. São ferramentas para se observar a vida cotidiana do nosso passado e presente. Isso já faz dos escritos culinários, por si só, narrativas preciosas. Um patrimônio. Escritas que nos permitem olhar a comida antes de ela existir e acariciar a idéia de saboreá-la.
Mas, vale dizer, a receita de um prato jamais será uma fórmula exata para se chegar ao mesmo resultado sempre. Porque na culinária, como na vida, conta muito o que não pode ser expresso em palavras: a experiência de quem cozinha, a intuição usada na hora do saber fazer, os pequenos segredos. "Quinhentos gramas de farinha ,menos duas colheres. Depois, esticar a massa até ela ficar da grossura de um papelão", dizia minha avó, se referindo ao seu truque para que a massa do bolo-de-rolo jamais quebre em suas mãos.
Ah... só que isso não está na receita, não.

(Por Mariana Lacerda)
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Bem, como estamos tricotando sobre cadernos de receita, nada mais justo do que passar uma das minhas preferidas. Eu sou fã de bolos.

Esta receita é de minha vozinha, uma doceira de mão cheia. Infelizmente ela já não se encontra entre nós desde 1985, mas o sabor de seus quitutes permanecem vivos nas nossas mesas até hoje, graça aos tais caderninhos de receitas.

BOLO DE MANDIOCA DA VÓ MARIA.

. 1 xícara (chá) de açúcar.
. 1 lata de leite condensado.
. 5 ovos inteiros.
. 4 e ½ colheres (sopa) de margarina.
. 1 e ½ xícara (chá) de leite.
. 4 e ½ xícaras (chá) de mandioca crua ralada em tiras (500g).
. 1 e ½ colher (sopa) de fermento em pó químico.
. 4 e ½ colheres (sopa) de queijo ralado.
. 100 g de coco em flocos úmido..

Modo de preparo:

Bata no liquidificador os ovos, o leite condensado, o açúcar e a margarina.
Transfira para uma tigela e misture os demais ingredientes.
Acrescente sobre eles o líquido batido.
Mexa bem e despeje a mistura em uma forma untada.
Asse em forno pré-aquecidode 200ºC.

Agora só falta um cafezinho, hehehe.